A notícia lida hoje de que um dos donos da obra que desabou em agosto de 2013 na zona leste de São Paulo, quando dez pessoas foram mortas e outras vinte e seis ficaram feridas, esteve depondo, nos lembrou dos inúmeros incidentes que já aconteceram em condomínios, ou não, e os que provavelmente ainda irão acontecer.
Sem entrar no mérito das eventuais irregularidades que possam estar no enredo dessa tragédia devemos ressaltar a ‘importância’, não, a palavra mais correta seria a “imprescindibilidade” do planejamento, do projeto, sua aprovação nos órgãos oficiais e apresentação ao síndico quando a obra for num condomínio, do correto e profissional acompanhamento técnico por alguém legalmente credenciado pelo CREA.
Essas catástrofes são, de alguma forma, anunciadas.
Improvisações, o desdém aos mais básicos preceitos da engenharia civil, talvez certa dose da certeza da impunidade, ou de que “isso só acontece com os outros” são, ou podem ser, os ingredientes determinantes para que acidentes aconteçam, às vezes de grandes proporções.
Não menos importante é a atenção especial que o síndico deve ter quando notar que alguma obra esteja em andamento em seu condomínio. Ele certamente será chamado a explicar sua omissão.