Uma montanha de lixo de 45 metros de altura, transformada em jardim municipal. Essa é a história real que transformou a vida de um bairro humilde e de seus habitantes na cidade colombiana de Medellín (noroeste).
“Isto era um lixão. Agora estamos vivendo na glória. Para poder caminhar, era preciso se esquivar das cabeças de animais. Saíam uns líquidos do lixo”, contou à AFP Oriol Arturo Arango, um dos jardineiros que morou 22 de seus 31 anos de idade em meio ao lixo, até que sua casa se incendiou.
No vazadouro de Moravia, que acumulou até 1,5 milhão de toneladas de lixo em 30 anos, chegaram a viver 2.138 famílias, umas 14.000 pessoas, que viviam da reciclagem e moravam em casas construídas com resíduos.
“Todo ano tínhamos pelo menos um incêndio por causa dos gases”, conta Neira Agudelo, de 27 anos, ex-moradora do morro de lixo que também virou jardineira.