Não. Os síndicos não precisam saber de tudo!
Amiúde se ouve em palestras ou se lê em artigos diversos que o síndico tem que se tornar quase um ser onipresente, além de entender de tudo dentro do condomínio.
Discordo disso veementemente!
A concepção básica do cargo não traz obrigatoriamente a exigência de que se saiba – como se profissionais multiespecializados fossem – da tecnologia de elevadores, do prazo que tem o zelador para desocupar o imóvel funcional, qual a tinta mais adequada para a pintura da fachada e o quanto isso custa em nossa cidade, o exato valor da rescisão do contrato de trabalho do porteiro que pediu demissão e às vezes trabalha à noite, qual o parâmetro correto que deve constar do relatório técnico do sistema de para-raios, e tantos outros.
Mesmo não fazendo a distinção entre o morador e o profissional, o que é imprescindível ao síndico, a meu ver, é cercar-se de uma competente assessoria – seja via administradora, ou não – e ter todos os elementos à mão para buscar aquilo que o condomínio precisa, que possibilitem escolher o melhor, o mais simples, o mais abrangente, o mais atual, o mais moderno e o mais barato.
E quando o próximo desafio for um serviço muito específico – modernização de elevadores, por exemplo – estar propenso a dispender recursos apenas para definir seu escopo antes de contratar.
Concordo plenamente, estou com um condomínio que recebeu uma multa alta por degradação de APP (Área de Proteção Permanente) precisamos apresentar um Termo de Ajustamento de Conduto, projeto esse que precisar ser elaborado por engenheiro ambiental, ou seja, muito além dos conhecimentos de um sindico. Um abraço.
Exato. Esse é mais um exemplo de que a abrangência na atuação do síndico tem uma dimensão tal que é difícil prever todas as situações em que, necessariamente, outros profissionais sejam envolvidos. Abraço.