Acabo de ler na mídia digital (16/06) que o prédio residencial de Londres, destruído pelas chamas e deixou pelo menos 30 mortos, utilizou na reforma feita no ano passado um revestimento mais barato e inflamável, segundo informou o jornal britânico “The Guardian”.
O edifício Grenfell Tower, de 24 andares, foi construído em 1974 e abrigava 120 apartamentos.
Em 2014, os condôminos foram orientados, ainda segundo o “Guardian”, a permanecer nos apartamentos até segunda ordem caso o prédio pegasse fogo, pois as portas seriam capazes de conter as chamas por 30 minutos, o que poderia explicar a hesitação de alguns em fugir imediatamente.
O incêndio que se iniciou no segundo andar, logo se espalhou pelo prédio de 70 metros de altura.
Em que pese as causas do incêndio não terem sido apuradas pelas autoridades daquele país, incidentes como esse têm que servir, ao menos, para pensarmos quanto à segurança, subjugada às condutas, aos procedimentos e normas ali aplicáveis.
Tolga Akmen/Getty Images
Não dá para não se lembrar de episódios tenebrosos como o edifício Andraus, em fevereiro de 1972, que contabilizou 16 mortes e 330 feridos, e o edifício Joelma, 187 mortes, em fevereiro de 1974, ambos em São Paulo, sem contar outros, país afora.
Quem mora em condomínios espera que seus dirigentes, seus administradores propiciem o máximo de conforto e segurança com o mínimo de investimento, resultando numa cota mensal a mais barata possível.
Mas, há casos, como esse em Londres, que a economia não faz sentido algum! Gastar menos e correr o risco – mesmo que imponderável – de sofrer um acidente dessas proporções não é, definitivamente, prática aconselhável.
A todos aqueles que lidam com condomínios, a que título for, especialmente síndicos, gestores condominiais e administradoras, proponho uma reflexão.