Neste mês de fevereiro, dia 11, comemora-se o Dia do Zelador.
Essa comemoração teria que ser com toda “pompa e circunstância”, dada a relevância que esse profissional tem no dia a dia do condomínio, fato esse já cantado e contado em verso e prosa.
Suas atribuições também são bem conhecidas, então posso me furtar a listá-las…
De qualquer forma, é uma extensa lista de afazeres diários, semanais, mensais, semestrais, anuais, observando e checando as condições dos equipamentos elétricos, hidráulicos, inclusive aqueles que fazem parte do combate contra incêndios, fachadas, elevadores, sistema de telefonia e interfonia, de pressurização, portões, grupo gerador, se houver, rotas de fuga, área de garagem, jardins, etc., etc., etc.
Na prática, é o coringa na manga do síndico, seja este morador ou não, peça-chave para uma administração efetiva, eficaz e eficiente.
Há quem afirme que nesses dias atuais, com tantas novas exigências, não há mais espaço para aquele zelador das antigas, nosso velho amigo, o grande quebra-galhos de todas as horas, o sujeito que, achando uma brecha na sua concorrida agenda diária, não hesita em ajudar a condômina do ap. 117, que mora sozinha e não entende nada de torneira vazando.
Não concordo.
Embora o novo zelador – já enquadrado diante da crescente profissionalização na gestão, diante do surgimento de outras competências, principalmente em razão da vertiginosa evolução de tecnologias que a envolvem – esteja cada vez mais presente em empreendimentos de maior complexidade, como os condomínios-clube, os comerciais, os mistos, os de logística, dentre outros, ainda há espaço para o profissional ‘tradicional’.
Por exemplo, aqueles residenciais considerados pequenos, isto é, com poucas unidades, preferencialmente um só bloco, área de lazer restrita, moradores de longa data, são o nicho perfeito para o zelador das antigas.
Ele é tão profissional quanto o outro, apenas se posiciona e age em face da realidade do condomínio em que está inserido, às vezes, há muitos e muitos anos. É aquela pessoa que, quanto se aposenta, mais comumente, ou sai qualquer que seja o motivo, os moradores efetivamente sentem sua falta.
Que fique claro que não sou insensível à natural evolução das coisas, apenas acho que (ainda) há mercado para ambos os perfis.