Uma vez por ano, inexoravelmente, teremos que nos envolver com a elaboração cuidadosa da previsão orçamentária daquele condomínio, quando da realização da assembleia ordinária – AGO.
A experiência tem demonstrado que a apresentação deve abranger vinte e quatro meses, assim distribuídos: doze meses consolidados, isto é, onde estão lançados na planilha os valores realizados; doze meses à frente, com a previsão das despesas ordinárias, as extraordinárias e fundo de reserva.
O saldo no final de cada mês será o saldo inicial do mês seguinte, isto é óbvio.
Para o período de previsão, lançam-se então todas as despesas: com mão de obra, própria ou terceirizada e respectivos encargos e benefícios, com as concessionárias de água, luz, gás e telefone, com segurança, com limpeza e conservação, e as despesas gerais.
Em alguma rubrica dessas é aconselhável prever uma linha para despesas não programadas: esses valores poderão ser extraídos dos períodos anteriores, sendo de bom alvitre ‘deixar uma gordurinha’ para imprevistos.
É claro que essas rubricas são aquelas que são usadas normalmente nas pastas mensais de prestação de contas, uma maneira mais didática de apresentação desse tipo de dados aos condôminos.
Quando se lança os valores das receitas, mês a mês a planilha vai demonstrar se o valor de rateio mensal que está sendo cobrado é suficiente para fazer frente às despesas, todas elas.
Se não é, há que se prever um aumento nesse valor e ir à assembleia preparado para ‘ouvir’ bastante.
Um expediente que tem sido utilizado é enviar a previsão juntamente com o edital, dando tempo a que os condôminos a estudem, eventualmente tirem suas dúvidas antecipadamente, minorando o desgaste na hora da assembleia.