Um estudo recente da Universidade de São Paulo indica que a implantação de telhados verdes em edifícios pode significar um importante instrumento para reduzir os impactos das chamadas ‘ilhas de calor’, comuns nas grandes cidades.
Há, também, um ganho adicional em relação à umidade relativa do ar.
Na tese de doutorado, o geógrafo Humberto Catuzzo analisou dois edifícios no centro da cidade de São Paulo, o Conde Matarazzo, sede da prefeitura de São Paulo, no Viaduto do Chá, e o Mercantil/Finasa, na Rua Líbero Badaró, cuja laje é de concreto, escolhidos por estarem sujeitos a condições atmosféricas e de insolação semelhantes.
Com o telhado verde, as plantas absorvem parte da energia, diminuindo o aquecimento do concreto pela luz solar. Consequentemente, “aumenta-se o conforto térmico no interior dos edifícios e, consequentemente, reduz-se o uso do ar condicionado”, conforme exemplificou Catuzzo. Além de contribuir com a questão das águas pluviais, uma vez que estas escoam mais lentamente para as galerias.
E não é só.
Isso pode ajudar na formação de corredores ecológicos nas grandes cidades, interligando essas coberturas a praças e parques.
A cidade de Porto Alegre, por sua Câmara Municipal, acabou de aprovar projeto de lei que altera seu código de edificações, permitindo o uso de telhados verdes. Segundo o autor do projeto, “com ajuda de lei que permite abatimentos em impostos, cidades como Nova Iorque e Chicago mais que dobraram a superfície verde de seus prédios”.