Ele tinha 77 anos naquela época, gozava de boa saúde, fazia suas caminhadas regularmente e até tomava aquela cervejinha em alguns dias, ao final da tarde.
A família só concordou que ele morasse sozinho quando ele aceitou que, além do cuidador 24 horas por dia, a contratação daquela empresa de teleassistência.
Assim, ele usava uma pulseira – sem fio e à prova d’água – que era facilmente acionada quando se apertava o botão.
Certo dia sentiu-se mal, caiu e não conseguia chamar Gervásio – que cobria a folga de Nonato – e estava dormindo profundamente no quarto ao lado.
A central foi acionada e o telefone do apartamento tocou inúmeras vezes, até que Gervásio acordou e o socorreu.
Felizmente não foi nada grave, tivera queda súbita de pressão ao se dirigir ao banheiro…
Tanto que, ainda nesta semana, foi visto no bar da pracinha tomando sua cervejinha.
A teleassistência é um serviço que se propõe como uma medida que pretende contribuir para a redução do isolamento social e da solidão de pessoas idosas ou em situação de dependência.
Baseia-se no uso de pulseira ou colar – também pode ser um botão fixo – que aciona uma central, e esta, por sua vez, entra em contato imediatamente com o próprio idoso ou com pessoas cadastradas, ou, perante uma situação risco ou de emergência, com entidades competentes para uma intervenção de socorro.
Para os mais “saidinhos”, certas empresas ainda oferecem celular com GPS, além da pulseira.
Para a administração do condomínio mais uma novidade, mais uma providência a ser tomada, que consiste no treinamento específico de alguns funcionários para lidar com pessoas da terceira idade, numa eventual emergência.
E quando há um número expressivo de condôminos nessa faixa etária, tem que pensar também a administração em promover atividades próprias, como oficinas, bailes, exposições, etc.