É um bairro nobre e tradicional da capital. O edifício é novo, quatro dormitórios, três vagas na garagem, dois apartamentos por andar.
Morando lá há algum tempo, no 13º andar, nunca tinha visto movimentação ou qualquer tipo de barulho no vizinho do mesmo andar.
A partir de determinado momento, passou a encontrar pessoas… Ora no elevador social, ora no hall de serviço.
Mal se cumprimentam; na grande cidade, todos desconfiam de todos.
Certa manhã, meio sonolenta, abriu a porta de sua cozinha que dá acesso ao hall de serviço para se desfazer de alguns materiais recicláveis que tinha separado, quando se deparou com um colchão manchado de sangue e – lembra-se bem – duas garrafas vazias de vodka.
Achou aquilo muito estranho, óbvio, mas voltou à casa.
Antes que fechasse atrás de si a porta da cozinha, começou a ouvir muito barulho; passos, pessoas falando alto, porta abrindo e fechando a toda hora…
Pelo ‘olho mágico’ de sua porta, percebeu que se tratava de policiais; então, interfonou para a portaria.
O zelador, então, lhe informou que a filha do casal, depois de tomar quase duas garrafas de ‘bebida’, havia se suicidado…
Esse episódio ilustra como podem ser variadas as situações no intramuros condominial.
Não obstante tenha ocorrido dentro do perímetro da unidade privativa, há casos em que o suicida se atira pela janela, envolvendo diretamente a administração.
Polícia, peritos, imprensa, … O síndico à frente de tudo!