Condomínios têm muitos problemas, diversas situações ensejam insatisfação, reclamações, enfim, desgaste para o síndico.
Dentre todos, um que nunca deixou de existir, é o ambiente das vagas de garagem. Registros há de tempos remotos em que se reclama de questões ali originadas.
Nem precisava, mas construtores e incorporadores deram uma “forcinha” extra para dificultar ainda mais a vida do síndico quando projetam, constroem, vendem e entregam edifícios com vagas, cuja utilização se torna improvável, para dizer o mínimo.
Encravadas entre pilares, rampas, portas de acesso, elevadores, depósitos, algumas vagas estão ali apenas “para constar”.
A relação ‘tamanho da vaga’ versus ‘tamanho do veículo’ é inversamente proporcional. Aquela cada vez menor, este cada vez maior.
Muitos condôminos, para agravar o problema, têm camionetes, ou um carro de passeio dos grandes (naquela escala ‘compacto-pequeno-médio-grande’), outros trabalham com transporte escolar, por exemplo, e o veículo de que se utilizam, é a van. Aí, então, nem se fala!
Quando se consegue colocar um veículo desse porte, via de regra, é porque algumas vagas vizinhas certamente não estavam ocupadas naquele momento. Mas, e para sair?
É um problema de difícil solução. Quando tem, é cara, demorada e estressante. Para todos os envolvidos.
A ‘ousadia’ dos empreendedores em construir edifícios sem atender às regras dos respectivos códigos de obras municipais deve ser rechaçada pelo futuro condômino.
Quando em visita àquele imóvel que poderá ser seu lar, é preciso deixar um pouco de lado a emoção e racionalizar, analisando criteriosamente alguns aspectos, um deles certamente é a vaga, ou vagas, de garagem que corresponde(m) à unidade habitacional.
Se descuidar desse detalhe, dentre outros, obviamente, a reclamação posterior poderá não ser efetiva. O síndico não faz milagres, a justiça é morosa, os dissabores serão imensos.