O condomínio, por suas características intrínsecas, é o tipo de ambiente que pode propiciar a criação de “panelinhas”, grupos antagônicos na forma e no entender de como administrar o patrimônio comum.
Debates acalorados em assembleias cheias, apresentação de ideias, propostas incompatíveis entre si não são sinônimos, necessariamente, de que as coisas andam tumultuadas por lá. Muito pelo contrário, na maior parte das vezes.
Podem significar, isso sim, que os interesses coletivos estão sendo preservados e conduzidos democraticamente.
O que se observa, em alguns casos, é a existência de um ‘grupo dominante’ dentro do condomínio que tenta – e acaba impondo – seus pontos de vista, convencendo a todos de que se trata da melhor solução em cada caso concreto.
Quando falo ‘grupo dominante’, não quero dizer, fundamentalmente, do ‘grupo do síndico’.
Muitas vezes, mesmo não assumindo diretamente a administração, numa frequência sabidamente indesejada, esse grupo impõe, de alguma forma, suas sugestões ao síndico, chegando até a constrangê-lo em algumas ocasiões.
Essa atitude, quando revestida do espírito de colaborar com a gestão, de contribuir com experiências em determinadas situações, é digna de aplausos.
Mas, quando passa para a categoria do “legislar em causa própria”, defendendo interesses contrários à maioria, é nefasta, obtusa e desgastante.
Participe sempre das reuniões em seu condomínio, uma das formas para inibir essa postura, ou quem sabe reduzir sua importância e seus impactos.
Tema sugerido por Roseane M. B. F.